da cômoda a luz interrompia
retinta a retina apagada na cinza
antes que fosse escrita
(2002/2003, publicado originalmente na revista Sibila em nov. de 2010)
da cômoda a luz interrompia
retinta a retina apagada na cinza
antes que fosse escrita
(2002/2003, publicado originalmente na revista Sibila em nov. de 2010)
(bestiário sísmico se aproxima) Continuar lendo “cismado”
diz-se do obtuso
da soma, não pelo ângulo:
contrário ao óbvio
põe-se em absurdo
aquilo que se diz
contra tudo óbvio
por amplo confuso
(2002/2003, publicado originalmente na revista Sibila em nov. de 2010)
A revista de poesia e arte contemporânea mallarmargens publicou seis poemas de cidade adeus.
descobrir o que te faz feliz
para tornar a vida difícil
alegrar-se ao sol
para fumar na chuva
colocar o inverno
antes das mãos
lavar a carne
para dar ao cão
ao rés do chão
levar as pétalas
sujar os pés
deitar-lhes sais
de banho em trajes
vais vestido
para o carnaval
sudário
para os dias de branco
para o preconceito
um casaco caro
(Publicado na revista Nefelibata #1 em dezembro de 2014)
pena dessa besta ocupada, desumanos?
nunca! Progresso é uma doença confortável:
sua vítima (morte e vida salvas, longe)
vive a grandeza de sua pequeneza
— elétrons deificam de uma navalha
uma cordilheira; lentes estendem
inquerer por emquando até inquerer
voltar a seu não-si.
Um mundo feito
não é um mundo nascido — pobre carne
e frutas, pobres estrelas e pedras, mas nunca
pena dessa fina ultraonipotência
hipermágica. Nós, médicos, temos
um caso perdido se — viu, tem um
puta universo bom ao lado; vamos
Continuar lendo “pity this busy monster, manunkind (e. e. cummings)”